segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Diversidade não é desigualdade

Na vida cotidiana é possível conviver com a diversidade de modo civilizado. Todos querem ser politicamente corretos. Para isso, podem aceitar e até achar interessantes (para não dizer exóticas) as diferenças de culturas, as maneiras de viver, os valores, as religiões e as características físicas. Raramente nossa crença na importância da diversidade é colocada em cheque na convivência do dia-a-dia. Mas na escola a aceitação civilizada da diversidade está longe de ser suficiente e por isso precisa ser uma preocupação constante dos educadores.
Educar diferentes requer uma pedagogia diferenciada e esta sustenta-se em dois pilares indispensáveis. O primeiro constitui-se no conhecimento das necessidades, das formas de aprender e das dimensões psicológicas, materiais e socioculturasi dos seres humanos. Isso permite ao professor reconhecer a diversidade e usar recursos variados na sala de aula para que todos os alunos vejam sentido nos conteúdos de aprendizagem.
O segundo pilar que sustenta a pedagogia diferenciada é a identificação positiva com a diversidade, um sentimento de ser diverso e compreender a si mesmo por esse motivo.
Quando o professor entende essa condição, além de variar os recusos didáticos, ele consegue fazer da própria diversidade entre seus alunos um recurso de aprendizagem. A principal característica dessa segunda dimensão da pedagogia diferenciada  é a de que ela não é condescendente com a desigualdade.
A lição mais preciosa que todos retiramos da nossa experiência de ser diverso é a de que essa condição não pode - e não deve - justificar tratamentos injustos ou distribuição desigual de benefícios e ônus. A velha reivindicação das mulheres trabalhadoras de saláriao igual para funções iguais - que, diga-se de passagem, ainda está muito longe de ser atendida - nada mais é do que essa lição aplicada na prática de uma militância cidadã.
A ânsia de aceitar a diversidade não pode levar ao relativismo pedagógico.
Quaisquer que sejam suas diferenças, os alunos precisam aprender determinados conteúdos e construir um conjunto de competências para viver a cidadania com plenitude. Eles vêm para a escola esperando aprender aquilo que sua cultura e condição de vida não conseguem ensinar-lhes: compreender o mundo, a natureza e as pessoas e a relação entre elas, dominar as mais variadas linguagens para comunicar-se, lidar de modo competente com as dimensões quantitativas da vida.
E, por mais contraditório que possa parecer, fazer da diversisade, ela mesma, um dos possíveis recursos de ensino significa em primeiro lugar mostrar que todos são iguais porque todos podem aprender.
O acolhimento autêntico da diversidade é incompatível, portanto, com a desigualdade educacional e não tolera a desistência de ensinar aos alunos. Exatamente por serem tão diversos, eles parecisam que a gente invente mil modos diferentes de ensinar, parta que não haja iguais mais iguais do que outros...


Revista Nova Escola
Texto de Guiomar Namo de Mello.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Semana da Pátria

Como está chegando o dia 7 de setembro resolvi postar algumas sugestões de atividades para a "Semana da Pátria". Eu, particularmente não gosto muito de trabalhar datas comemorativas, pois acho pouco significativo para os alunos, a não ser que o tema venha sendo trabalhado no decorrer do ano.
Abaixo segue algumas atividades e um vídeo que eu achei bastante interessante, é do Brasil escola e pode ser utilizando com o ensino fundamental.
Espero que gostem das sugestões, beijos e até mais.



































quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Referencial Curricular para Educação Infantil

Olá Pessoal.
Hoje eu vim falar dos Referenciais Curriculares para Educação Infantil, que foram elaborados pelo o Mec a fim de dar mais opções para o trabalho pedagógico de educadores que atuam nesta área, existem três volumes, e como o nome já diz, eles são apenas referências para o trabalho educativo neste nível de escolarização, podendo o profissional fazer suas adaptações nas sugestões fornecidas pelos RCN's da melhor forma possível, para que assim possa atender a realidade de seus alunos.
O documento é extenso, sei que muita gente não tem tempo de ler, pois a vida é corrida mesmo! Porém vale a pena fazer um esforço e quando tiver um tempinho dar uma lida, contém muitas informações interessantes, principalmente para os profissionais que estão começando agora e não possuem muita experiência e para os experientes sempre é bom se atualizar e rever os conceitos, afinal quem fica parado é poste!
Abaixo segue um link para quem quiser baixar os Referenciais:


RCN V.1  -   http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf

RCN V. 2 -  http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf

RCN V. 3 -  http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf

Espero que tenham gostado, bons estudos e até a próxima.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Acontece: Feira do Saber 2011

Saber 2011

O congresso Saber 2011 é uma feira com vários expositores e novidades para a área da Educação, além de palestras, oficinas e workshops. Este ano o evento contará com nomes como: Nadia Bossa, Telma Weisz, Içami Tiba entre outros.
Este ano o congreso enfatizará o trabalho com música em sala de aula e trará várias sugestões de atividades.
O evento será de 08 a 10 de setembro  e a inscrições poderão ser realizadas até dia 02 de setembro pelo site: http://www.congressosaber.com.br/
Local: Centro de exposições Imigrantes


Semana da Educação 2011

É um evento realizado pela fundação Victor Civita que acontecerá de 18 a 20 de outubro,  este ano abordará temas como: Gestão escolar e didáticas da leitura.
Local Shopping Frei Caneca
Inscrições: de 01 a 30 de setembro pelo link: http://revistaescola.abril.com.br/semanadaeducacao/inscricoes.html



Aprendizagem baseada em projetos

Para quem tem interesse em realizar um curso sobre aprendizagens baseada em projeto, a intel está oferecendo o curso online gratuito.
Eu ainda não sei se é bom, pois não o fiz, mas assim que tiver um tempo vou verificar e conto para vocês, por enquanto segue o link para quem tiver interesse em conferir:
http://www.intel.com/education/la/pt/elementos/index.htm



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rotina para Educação Infantil

Olá Pessoal.
Algumas pessoas me pediram algo sobre rotina, então vim atendê-las, se vocês tiverem alguma sugestão, dúvida pode deixar um comentário ou entrar em contato pelo e-mail: patyerudio@hotmail.com que eu respondo.
Este é um modelo de rotina, para Educação Infantil, no caso de uma turma de 3 anos de uma escola pública, pode ser adaptado à realidade de cada turma para melhor atender as necessidades de cada um.


 

Horário           Atividade           Observações
13:00              Entrada               Pode-se organizar cantos para entreter as crianças neste momento
13:10             Almoço               
13:40             Escovação          Neste momento utilizo o auxílio de músicas e cartazes.
14:00             Parque                No horário de parque as crianças fazem educação física 3 vezes p/semana.
14:40             Roda                  Quando as crianças estão muito agitadas sugiro um relaxamento antes.
15:00             Momento Livre      Aproveito este momento par observar as reações dos pequenos.
15:30             Jogos                  Quebra cabeças, peças de encaixe, brincadeiras dirigidas e etc.
16:00             Lanche                
16: 20           Atividade             Sequencias didáticas, projetos, atividades livres e etc.
17:00            História                Alterno entre Lendas brasileiras, clássicos, poesias e histórias diversas.
17:30            Arrumação da sala      
17:45            Saída


A rotina pode ser uma grande aliada no trabalho do professor, serve para organizar o trabalho docente e facilitar o planejamento e preparo de atividades, é fundamental que na Educação Infantil tenha uma rotina.
Espero que tenham gostado.

domingo, 21 de agosto de 2011

Projeto Apreciando Clássicos: O Pequeno Príncipe.

Áreas abordadas: Linguagem oral; Artes; Natureza e Sociedade.
Duração prevista: 1 semestre
Fase: 3C
Educadoras: Patrícia
Justificativa: Levando em consideração a fase de desenvolvimento, segundo Freud, em que as crianças dessa turma se encontram (período fálico), quando, segundo estudiosos, são internalizados valores e desenvolvidos hábitos que serão cruciais para os traços da personalidade do indivíduo, e, dentro desse contexto destaca-se a importância da literatura para a formação da criança, ajudando-a no contato com a realidade por meio das vivências fantasiosas proporcionadas pela literatura, as quais  estimulam a imaginação, o prazer pela leitura e a formação de leitores competentes, além do fortalecimento do ego. Estes motivos tornam o trabalho com literatura uma forte ferramenta para o trabalho pedagógico com crianças neste período, sendo relevante a realização de um projeto com esse tema.
Objetivos: 
ü  Desenvolver o hábito de ler;
ü  Criar o prazer pela leitura;
ü  Conhecer a história : “O Pequeno Príncipe”;
ü  Oportunizar a criatividade, imaginação e humor;
ü  Desenvolver o hábito de ouvir histórias;
ü  Oportunizar a vivência de sentimentos variados;
ü  Permitir a livre expressão;
ü  Desenvolver a linguagem oral;
ü  Criar hábitos de cuidado com os livros;
ü  Confrontar realidade e fantasia;
ü  Organizar idéias e pensamentos;
ü  Ampliar o conhecimento de mundo.

Conteúdos :
Socialização e  convivência com o próximo;
Linguagem oral;
Participação em situações que envolvam a relação com o outro;
Respeito à regras simples de convívio social;
Relação entre o real e o não real;
Apreciações estéticas e valorativas;
Exercício de leitura em níveis emocionais e racionais;
Sentimentos (culpa, raiva, frustração, alegria, solidão e satisfação);
Noção temporal;

Desenvolvimento: 
Roda de conversa;
Apresentação do livro: “O Pequeno príncipe” para as crianças;
Listagem de personagens;
Resenha oral da história para as crianças;
Leitura seqüenciada do livro;
Atividade de reflexão ou  plástica em painel específico após cada leitura;
Debate sobre a história;
Pintura, modelagem, recorte e colagem com material diverso, desenho livre e dirigido;

Avaliação:
A avaliação será por meio de observação contínua do desempenho e interesse das crianças em relação às atividades realizadas no decorrer do projeto.
Será realizada uma avaliação em relação ao desempenho das educadoras por meio de questionário enviado aos pais na agenda.
Fechamento:
O fechamento do projeto se dará com a exposição de um painel que será confeccionado ao longo do projeto com atividades realizadas pelas crianças após cada momento de leitura.

O Pequeno Príncipe - Livro de Antoine de Saint- Exupéry






sábado, 20 de agosto de 2011

Entrevista com Mia Couto

Mia Couto é um escritor que nasceu em Moçambique e atualmente é considerado como um dos principais autores africanos.
Segue entrevista:

"Perguntas (de adolescentes) para Mia Couto e uma entrevista inspiradora.
Por Marina Azeredo


E se você tivesse a oportunidade de entrevistar um escritor? Pois os alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio São Luis, em São Paulo, tiveram.  E não foi um escritor qualquer. Há duas semanas, os adolescentes estiveram com o moçambicano Mia Couto no auditório da escola. Em quase duas horas de conversa, os meninos não se intimidaram: fizeram perguntas inteligentes e não deixaram espaço para silêncios constrangedores (a propóstio, veja o que o escritor tem a dizer sobre o silêncio na oitava pergunta).
Eu estive lá para acompanhar a entrevista e, junto com os alunos, ri e me emocionei com as respostas de Mia. Ao final, ainda tive a chance de perguntar a ele sobre a diferença que a Educação fez em sua vida.
Confira abaixo a entrevista e encante-se com as histórias de Mia Couto, um dos maiores escritores
 africanos da atualidade. (Fiz questão de deixar as respostas na íntegra. Ficaram longas, mas valem a leitura, garanto!)

1_ Você lutou pela independência de Moçambique durante a guerra civil. Como a sua vivência como militante da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) marcou o seu trabalho como escritor?
Marcou de várias maneiras. Foi um processo longo, de escolhas, de um certo risco em um dado momento. Foi algo que me ensinou a não aceitar e fa não  me conformar. É a grande lição que tiro, que também me ajuda hoje a estar longe desse movimento de libertação, que se conformou e se transformou naquilo que era o seu próprio contrário. Mas eu acredito que ser uma pessoa feliz e autônoma é uma conquista pessoal. Não se pode esperar que algum movimento social ou político faça isso por você. Isso é algo que resulta do nosso próprio empenho.

2 - Como é ser escritor em Moçambique?

Vou contar um pequeno episódio que pode ajudar a responder a essa questão. Um dia eu estava chegando em casa e já estava escuro, já eram umas seis da tarde. Havia um menino sentado no muro à minha espera. Quando cheguei, ele se apresentou, mas como estava com uma mão atrás das costas. Eu senti medo e a primeira coisa que pensei é que aquele menino ia me assaltar. Pareceu quase cruel pensar que no mundo que vivemos hoje nós podemos ter medo de uma criança de dez anos, que era a idade daquele menino. Então ele mostrou o que estava escondendo. Era um livro, um livro meu. Ele mostrou o livro e disse: "Eu vim aqui devolver uma coisa que você deve ter perdido". Então ele explicou a história. Disse que estava no átrio de uma escola, onde vendia amendoins, e de repente viu uma estudante entrando na escola com esse livro. Na capa do livro, havia uma foto minha e ele me reconheceu. Então ele pensou: "Essa moça roubou o livro daquele fulano". Porque como eu apareço na televisão, as pessoas me conhecem. Então ele pergungou: Esse livro que você tem não é do Mia Couto?". E ela respondeu: "Sim, é do Mia Couto". Então ele pegou o livro da menina e fugiu.
Essa história é para dizer que, para uma parte dos moçambicanos, a relação com o livro é uma coisa nova. É  a primeira geração que está lidando com a escrita, com o escritor, com o livro. Nós, escritores moçambicanos, sabemos que escrevemos para uma pequena porcentagem da população, que são os que sabem ler e escrever. O livro tem uma circulação muito restrita. Mas, mesmo assim, as tiragens dos meus livros em Moçambique giram em torno de 6 mil, 7 mil exemplares, o que é um número alto. Quando comparo com as tiragens que faço no Brasil, posso dizer que o Brasil não vai muito além. O Brasil não lê tanto quanto pensamos. Se contarmos a população inteira do Brasil e apenas aquela que lê e compra livros, veremos que a situação é proporcional à de Moçambique.

3 - O que os escritores fazem para promover o livro em Moçambique?

A Associação de Escritores de Moçambique faz encontros em escolas primárias e secundárias e em fábricas. E aí tentamos fazer alguma coisa. Mas os livros estão muito caros. É o trabalho que escritor faz, mas é uma panaceia, porque o resto não depende do escritor.

4 - Quais são os maiores problemas de Moçambique hoje?

Antes de responder à pergunta, eu vou dizer uma coisa. A imagem que nós temos uns dos outros é feita muito de clichês, de estereótipos. Vocês também têm uma imagem feita fora.  A primeira vez que eu vim a São Paulo, há alguns anos, fui protagonista de uma história engraçada. Quando eu estava saindo de Moçambique, disseram-me que São Paulo era perigosíssima, que havia balas perdidas, gente morrendo, e eu comecei a ficar cheio de medo. Uma das minhas filhas me dizia até que eu ia morrer. Na viagem de avião, que dura onze horas, eu vim pensando que era um perigo e que eu seria assaltado. Tinham me dito para tomar cuidado quando chegasse ao aeroporto, porque tinha saído na Globo - lá também temos Globo - que havia falsos táxis que raptavam as pessoas.
E, de fato, eu já estava contaminado com aquela coisa. Quando cheguei, tinha um motorista da minha editora, mas ele não estava usando uniforme e não tinha nenhuma identificação. Eu logo perguntei se ele tinha identificação e ele disse: "Não, eu sou o Pepe". E foi me conduzindo por um corredor e dizendo que o carro estava lá no fundo. E o carro não era propriamente um táxi. E a ideia de que eu estava sendo raptado começou a soar na minha cabeça. Quando entrei no carro e sentei ao lado do motorista, eu já estava olhando para a frente e pensando "esses são os últimos momentos da minha vida, vou reviver todo o meu passado, como nos filmes". Aé que o motorista pegou algo no porta-luvas. Era uma coisa metálica, para o meu desespero. E ele estendeu essa coisa e disse: "Aceita uma balinha?". Vocês estão rindo, mas eu não tinha nenhuma vontade de rir, porque balinha lá não qur dizer a mesma coisa que aqui. Quer dizer bala no sentido literal mesmo, projétil de bala. E aí eu só consegui pensar que estava sendo assaltado, que aquele homem ia me matar, mas que era o assassino mais simpático que eu podia encontrar. Isso é para mostrar como construímos a imagem uns dos outros. A imagem que se tem da África fora da África é sempre associada à fome, à miséria, à guerra. Mas os africanos não vivem todos assim. Eles são felizes, são construtores de vida, têm uma vida social riquíssima, têm culturas divertsas, é o lugar no mundo onde há mais diversidade do ponto de vista linguístico e cultural. Então os problemas que temos são os mesmos da maior parte dos países africanos. Têm a ver com a miséria, têm a ver com o fato de que a sua própria história é muito recente. Moçambique teve uma guerra civil de 16 anos, em que morreram muitas pessoas. Quando morre uma pessoa, tanto faz se é militar ou civil, mas o que é mais triste é que as guerras da África são guerras que matam sobretudo os civis. Os soldados morrem pouco, porque muitas vezes se transformam em forças descomandadas, já que não existe um Estado forte e não há  territórios definidos. Mas a África toda não é isso, há grandes histórias de sucesso. Moçambique é ao mesmo tempo uma grande história de sucesso, porque a guerra acabou em 1992 e, quando eu pensava que nunca mais ia ver a paz, o governo conseguiu instalar a paz juntamente com a sociedade civil. E hoje Moçambique é um grande parceiro internacional de insvestimento e de outros governos. Por exemplo, hoje o Brasil está muito presente em Moçambique, com projetos de construção, de estradas, portos, barragens etc. Portanto, acho que Moçambique vive hoje um momento muito feliz. Mas continua sendo um dos países mais pobres do mundo.

5 - Com sua obra, você conseguiu apresentar a realidade de um país, e até de um continente. como é a sua relação com Moçambique?

Eu não me considero representante de Moçambique, me considero apenas representande de mim mesmo. Eu tenho duas dificuldades: eu sou de um continente em que os brancos são minoria. Os brancos moçambicanos são minoria. Num país de 21 milhões, os brancos são 10 ou 20 mil. Portanto, eu não poderia ser o representante de qualquer coisa, se é que existe isso de representatividade. E a outra dificuldade é que eu tenho nome de mulher. Agora já não acontece tanto, mas antes, quando eu ia visitar um outro país, muitas vezes estavam esperando uma mulher negra. E eu ficava no aeroporto esperando que alguém viesse falar comigo e nada. Já tive desentendimentos terríveis.
Uma vez fui visitar Cuba e tinham organizado um presente para cada menbro da delegação de jornalistas. Voltei com uma caixa de presentes. Na época, vivíamos em guerra. E, na guerra em Moçambique, nós vivívamosem uma situação-limite, não tínhamos nada. Nós saíamos de casa em busca de coisas para comer. Era essa a situação que meus filhos tinham de enfrentar todos os dias. Então eu estava fascinado com aquela coisa de ter ganhado um presente. Quando cheguei em Maputo, abri aquela caixa e eram vestidos, brincos, eram coisas para uma mulher, para a senhora Mia Couto. Então eu não me sinto representante nesse sentido, mas sinto que o fato de seu ser conhecido hoje fora de Moçambique me obrigar a ter uma responsabilidade para com o meu prório país. Então, quando estou fora, eu tento divulgar a cultura de Moçambique, os outros escritores. Trago livros de escritores moçambicanos e entrego às editoras, para saber se é possível que sejam editados etc.

6 - E com Portugal?

Eu sou descendente, sou filho de portugueses e tenho uma relação com Portugal muito curiosa, porque eu não conhecia Portugal até eu ser adulto. Só fui a Portugal quando eu comecei a publicar meus primeiros livros. E era uma coisa muito estranha, porque a concepção africana de lugar é que o lugar é nosso quando os nossos mortos estão enterrados no lugar. E eu não tenho mortos em Moçambique, infelizmente. En~to os meus mortos estão enterrados em algum lugar no norte de Portugal. E eu fui ver esse lugar. Eu queria ver justamente porque queria ter essa relação quase religiosa com o lugar.
O que acontece é que os meus pais imigraram para Moçambique quando eram jovens, tinham 20 anos, e viveram toda a sua vida lá, nunca mais tiveram relação com Portugal. E eles contavam histórias de um país que, ao mesmo tempo que me fascinava, era uma coisa muito distante. O que acontecia é que a minha mãe, ao contar histórias sobre a sua família, seus tios e avós, trazia para mim e para meus irmãos uma presença que nos fazia muita falta, porque todos os meus amigos tinham avós, tios e falavam dos primos. Eu não tinaha ninguém. A minha família eram os meus pais e os meus três irmãos. Então o que a minha mãe fazia ao contar histórias era inventar a família inteira. Eu precisava ter um sentimento de eternidade que era conferido por essas histórias que a minha mãe contava. Mas eram quase todas mentira, quase todas eram inventadas por ela.

7 - Qual é a sua opinião sobre a reforma ortográfica?


Eu não sou a favor. Considero que alguns dos motivos que foram invocados para a reforma ortográfica não são verdadeiros. E acho que é uma discussão com a qual os portugueses, principalmente, ficaram muito nervosos, porque, para Portugal, mexer na língua é uma coisa muito sensível. Algumas pessoas de Portugal acreditam que a língua é a última coisa que eles têm, que é a primeira e última coisa que têm, é um sentimento imperial da sua própria presença no mundo que foi posto em causa. Mas a minha questão não é essa. É que eu sempre li os livros dos brasileiros e nunca tive problema nenhum, nunca tive dificuldade nenhuma. Para vocês, que estão lendo meus livros em português de Moçambique, existe alguma dificuldade particular por causa da grafia? Ou a dificuldade é o resto e essa é a única coisa que não é díficil?
Eu acho que inclusive que haver uma grafia que tem alguma distinção, um traço de distinção pode trazer um outro sabor a uma escrita. E os brasileiros conhecem muito pouco de Moçambique, de Angola ou de São Tomé. Às vezes eu ando na rua e tenho uma dificuldade enorme para explicar quem eu sou. Na verdade, isso eu não sei explicar, mas a dificuldade é para explicar de onde eu venho. Quando falo que não sou de Portugal, sempre fica uma coisa difícil. Fazem as perguntas mais estranhas sobre o que pode ser Moçambique, se é um país que fica perto do Paraguai, por exemplo. Então a distância entre nós não é um problema que deriva da ortografia, deriva de outras coisas, de poítica, de uma falta de interesse, de um distanciamento. Isso não será resolvido mudando o acordo ortográfico.


 8 - O que pode mudar a imagem negativa que muitas pessoas têm da África?
Há várias Áfricas e eu estou falando daquela que eu conheço. Essa África que eu conheço sobrevive por um espírito de solidariedade, de abertura e de respeito com os outros. A forma que os africanos têm de se abordar, de saber um dos outros é uma coisa genuinamente autêntica. Quando eu estou cumprimentando alguém, quando estou falando com alguém, eu dou espaço para o outro. Então há uma lição de escutar os outros.Eu nunca falo quando o outro está falando, dou espaço, não tenho medo do silêncio, que é uma coisa  que acontece aqui.  As pessoas estão conversando, de repente há um silêncio, e isso é um peso, é uma coisa da qual temos que nos libertar, é uma ausência. Na África, essa ausência não existe. Nesse silêncio, há sempre alguém que fala. São os mortos. Por exemplo, a relação com o corpo. É preciso ter tempo para encontrar alguém. Quando eu estou falando com um homem, eu cumprimento com um aperto de mão. Mas o aperto de não não é igual, tem um ritual. Depois do aperto, a mão fica na mão da outra pessoa. Não tem nada a ver com interpretação gay. A mão fica na mão da pessoa com quem estamos falando, e essa mão não tem peso, é uma mão leve. Porque se fala com o corpo. Temos essa liberdade de poder usar o corpo para dizer coisas que não podem ser ditas pela palvara. São coisas pequenas que nos mudam muito interiormente. É uma capacidade de estar disponível para os outros. E capacidade de ser feliz.
Eu também encontro muito isso no Brasil. Tem a letra de música brasileira que diz "levanta, sacode a poeira, dá volta por cima". Eu acho que isso é, em grande parte, uma herança africana. Isto é para não ficar lamentando a desgraça. Eu acho que, se os europeus vivessem as dificuldades que vivem os africanos, eles seriam muito amargos. Aliás, já são. A forma como os africanos celebram a alegria de viver e o fato de que qualquer momento é um momento de festa, de celebração, de dança, de canto, acho que é outra coisa que é importante aprender. Há uma tolerância profunda. Vocês vão ouvir mil histórias sobre intolerância, essas histórias também são verdadeiras. O mundo é feito dessa coisa contraditória, mas a verdade é que há uma tolerância muito grande. Essa tolerância nasce de uma coisa. O que eu vou dizer agora é muito importante: a África só pode ser entendida se vocês perceberem que a África tem uma outra religião. Essa  África negra tem outra religião. Essa religião não tem nome. Não é o candomblé, não é a umbanda, é outra coisa. É uma religiosidade que não se separou das outras esferas do pensamento. Não é um sistema de pensamento. Na África que eu conheço, existem os deuses das famílias. Você tem os seus deuses, eu tenho os meus deuses. Isso significa que eu não estou muito preocupado em te convencer de que existe uma verdade só, que é uma coisa muito típica das regiões monoteístas, que é uma verdade que tem de ser imposta ao outro e o outro tem de seguir esse princípio. Você pode ter a sua verdade, eu tenho a minha, e está tudo certo. Acho que essa é a razão para os africanos terem essa tolerância.
Mas a verdade é que africanos são muito parecidos com todos os outros. Essa ideia de que a África é muito diferente, muito exótica existe só na cabeça de algumas pessoas. Mas há uma coisa que é preciso ser dita. Em uma sociedade que é muito pobre, às cinco da manhã, às vezes eu saio de casa e vejo as pessoas já acordadas, atravessando quilômentros a pé, andando 30, 40 quilômentros para ir à escola, saindo de casa sem o café da manhã e tomando simplesmente uma xícara de chá com muito açúcar para dar energia, para ir para a escola aprender. Eu tenho um prazer enorme de ir às escolas em Moçambique, porque os meninos estão ali com uma fé quase religiosa. Eles estão ali absorvendo, têm os olhos abertos até o infinito, estão completamente ali. Não se ouve uma mosca passando na sala. É um investimento que eles fazem em uma outra esperança, em uma outra crença. É impressionante. Mas há escolas em Moçambique nas quais eu não vou: a escola americana, por exemplo, que é uma chatice. É uma vida feita de facilidades, em contraste com essa vida de conquistas, em que as pessoas têm de sair de manhã e têm de lutar. Às vezes nem tenho coragem de perguntar a esses meninos o que eles fizeram para chegar à escola naquele dia. Muitas vezes o giz é feito com pau de mandioca seca. Às vezes, não há sala. É uma árvore. E não há cadeiras, as pessoas sentam no chão. No entanto, aqueles meninos estão todos os dias ali na escola, assim como os professores. Isso é uma grande esperança.É um universo de gente que sabe que tem de fazer isso para construir uma vida diferente. É uma grande escola.

9 - Como você e as persongagens da sua obra dialogam com o mundo contemporâneo, que é marcado pelo consumismo e pelo hedonismo?
Eu acho que um jogo de construção e desconstrução porque esse mundo que você retrata como sociedade do consumo existe e não existe em Moçambique, porque muitas vezes consumimos muito pouco. Consumimos mais aquilo que é ilusão. Cada vez menos o Estado confere Educação e saúde, e nós temos que conseguir issso por outras vias. Então o que eu procuro fazer nos meus livros é uma coisa que eu possoa fazer como escritor. Eu não posso lutar para além desse limite, que é sugerir que há outros caminhos, que é possível sonhar, que não podemos ficar acomodados, resignados. Obviamente eu não posso propor uma tese ou um modelo alternativo nos meus livros, nem saberia fazer isso, mas posso incentivar o gosto, a vontade.

10 - como você vê os seus personagens no cinema? Como é a visão física deles?
É um estranhamento, porque aquilo que eu criei não tinha voz nem rosto, nem paraq mim mesmo. Então de repente o personagem tem uma voz. Mas, mesmo que seja a mais bela voz do mundo ou o rosto mais belo do mundo, o fato de ter um rosto e uma voz e não estar aberto e não ter vozes múltiplas é uma perda. Por isso, eu me distanciai. Se participo do filme, é somente para pontualmente dar algum apoio, mas não como alguém que tenha competência para isso, porque eu não tenho. Eu quero que o realizador de cinema faça um produto distante, que é capaz de se soltar, ganhar asas e sair do texto escrito, senão perde como livro e perde como filme.

11 - Você gostou de "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", filme baseado em seu livro?
 Mais ou menos. O que tinha de dizer já disse ao realizador, que é meu amigo. Gostei, mas não gostei.

 

 
Esta entrevista foi retirada de :  educarparacrescer.abril.com.br


Livros de Mia Couto:


      
E se Obama fosse africano? - adulto                                        





Terra de Sonâmbula - adulto




















O gato e o escuro - infantil





         
Um rio chamado tempo, uma casa chamada  terra




















Venenos de Deus, remédios do Diabo - adulto


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Abordagens Pedagógicas

Olá pessoal. Algumas pessoas pediram para que eu enviasse um post sobre “abordagens pedagógicas”, dei uma pesquisada e consegui encontrar alguma coisa. Confiram:

A abordagem pedagógica nada mais é que uma linha teórica que tenta explicar o processo de ensino e aprendizagem, essas correntes teóricas sofrem influência social da época de seu surgimento.
As abordagens pedagógicas são:
ü  Abordagem tradicional;
ü  Abordagem comportamentalista;
ü  Abordagem humanista;
ü  Abordagem cognitivista;
ü  Abordagem sócio cultural.

Abordagem tradicional
Este tipo de abordagem adota a prática de transmissão de conhecimentos, tarefa que cabe ao professor, sempre em situações de sala de aula. Não é considerado os conhecimentos prévios dos alunos e nem o interesse dos mesmos em relação ao conteúdo, as disciplinas e o cotidiano de sala de aula não tem relação com a realidade do aluno, este tipo de abordagem prima pelo conteúdo, sendo este transmitido de forma bancária.

Abordagem comportamentalista
Nesta abordagem o homem é considerado como produto do meio, aqui o conteúdo também possui grande primazia. Os conteúdos educacionais são classificados em gerais e específicos, os comportamentos desejados são  mantidos nos alunos por condicionantes e reforçadores, como na teoria behaviorista, que condiciona o comportamento por meio de estímulos e reforços às respostas desejadas.

Abordagem humanista
Nesta abordagem o ensino é centrado no aluno, possui algumas  características interacionistas, aqui o professor tem um papel de facilitador de aprendizagem, proporcionando situações onde o aluno possa construir o conhecimento, valoriza  o relacionamento das pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem, o aluno é visto como sujeito do conhecimentos, os conteúdos e disciplinas são relacionados aos interesses dos alunos.

Abordagem cognitivista
Abordagem também conhecida como Piagetiana, por causa de Jean Piaget.
Nesta concepção há o caráter interacionista,  o aprendizado se dá por meio de assimilação e por modificações de estruturas mentais já existentes.
O ensino visa o desenvolvimento da inteligência, e considera a maturidade orgânica do sujeito.

Abordagem sociocultural
Esta abordagem tem origem no trabalho de Paulo Freire, também se caracteriza por abordagem interacionista entre o sujeito e o objeto, nesta abordagem há um processo amplo de ensino e aprendizagem inserido em toda a sociedade, a educação é vista como ato político e deve levar  o  aluno à uma consciência crítica de sua realidade se tornando transformador da mesma.
Nesta abordagem o ensino é feito inspirados nos “Temas geradores”, os quais devem ser extraídos da realidade dos educandos.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cursos

Estão abertas as inscrições para o curso sobre meio ambiente e cultura de paz, voltado para diretores, coordenadores e professores que atuam na educação infantil.
A equipe que realizará o curso é muito boa e vale a pena conferir.

Curso: Semeando meio ambiente e cultura de paz na Educação Infantil
Início: 25/08/2011
Horário: 9:00 as 12:00  nos dias de quinta-feira
Duração: 24 horas
Local: UMANAPAZ  - Av. IV Centenário, 1268 portão 7-A  Parque do Ibirapuera
Inscrições: inscricaoumanapaz@prefeiturasp.gov.br

Aproveitem!

Atividades para o Folclore

Olá.
Já está chegando o dia do Folclore, 22 de agosto, então resolvi postar algumas atividades sobre o tema, assim pode servir de inspiração para que outros professores prepare suas aulas.
Espero que gostem. Um grande beijo a todos.

O que é o Folclore?
O Folclore nada mais é que um conjunto das crenças, tradições e costumes popular, os quais são transmitidos de geração em geração por meio de lendas, canções e costumes.
A palavra folclore vem do inglês: 
Folk - povo
lore - conhecimento

Algumas brincadeiras folcloricas para propor a turma:

Passa anel;
Ciranda;
Pula corda;
Amarelinha;
Cabra cega;
O mestre manda;
Cinco Marias;
Esconde esconde...

Obs: Estas brincadeiras podem ser adaptadas e aplicadas a turmas de vários níveis.

Alguns mitos e lendas brasileiras:

Boitatá
É representado por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
Lobisomem
 Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro com uma bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Saci-Pererê
O Saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Algumas sugestões de atividades:  

     




Adorei esta atividade, vou fazer utilizando garrafas pet de 250ml









Os costumes e cultura popular devem ser trabalhadas durante todo o ano e não apenas no folclore, não precisamos esperar esta data para propor atividades relacionadas as lendas brasileiras, costumes populares, brincadeiras típicas e etc.
Espero que tenha ajudado e até mais.












 

Músicas:
Clique no link abaixo para baixar algumas músicas sobre o folclore, são ótimas para o trablho em sala de aula.




domingo, 14 de agosto de 2011

Projeto "Quem canta seus males espanta II"

Olá Pessoas queridas, estou postando um projeto, com o qual estou trabalhando atualmente com a minha turma, no primeiro semestre eu realizei o mesmo projeto, ele deu tão certo que resolvi modificar algumas coisas e fazer a parte II.
Confiram!



Projeto: “Quem Canta seus males espanta II”
Áreas abordadas: Música, Matemática, Linguagem Oral e Movimento
Duração Prevista: 1 semestre
Fase: 3C

Justificativa:
Durante o primeiro semestre observando e interagindo com a turma, percebemos a necessidade de adotar novas estratégias pedagógicas para alcançar um melhor resultado na aplicação dos conteúdos condizentes com a faixa etária das crianças. E tendo em vista esta necessidade resolvemos usar um projeto relacionado à música, pois o trabalho com música pode ser estimulante e motivador para as crianças, além de desenvolver o raciocínio, a criatividade, a linguagem oral, o ritmo e o movimento, ajudando, ainda, na socialização e no trabalho com noções matemáticas. Sendo assim foi realizado o projeto “Quem canta seus males espanta I” no primeiro semestre com o qual obtivemos muito sucesso, motivo que nos levou a expandir o projeto para o segundo semestre e aprofundar mais o tema.

Objetivos:
ü  Conhecer os diferentes tipos de música
ü  Aguçar a percepção auditiva
ü  Desenvolver ritmo e noção do próprio corpo
ü  Desenvolver noção espacial e temporal
ü  Conhecer Cores
ü  Trabalhar com números e ajudar na noção de quantidade e sequência
ü  Perceber tipos de sons diferentes
ü  Desenvolver a socialização
ü  Desenvolver a coordenação motora
ü  Desenvolver a atenção
ü  Estimular a construção de conceitos matemáticos
ü  Contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral
ü  Contribuir para a expressão corporal e identificação de partes do corpo
ü  Perceber as diferenças rítmicas
ü  Contribuir para a cooperação e respeito entre o grupo
ü  Contribuir para o desenvolvimento do raciocínio lógico.
ü  Adotar atitudes de respeito ao próximo e a si mesmo
ü  Desenvolver noção de direção e localização
ü  Estimular o respeito às diferenças culturais


Conteúdos Conceituais:
ü  Som e silêncio
ü  Alto e baixo
ü  Grande e pequeno
ü  Ritmos variados
ü  Rápido e devagar
ü  Números
ü  Quantidade
ü  Cores
ü  Espaço e tempo
ü  Formas variadas


Conteúdos Procedimentais:
ü  Roda de conversa
ü  Apresentação de diferentes tipos de música
ü  Exploração de músicas e danças de culturas diferentes
ü  Cartazes
ü  Painéis
ü  Brincadeiras
ü  Apresentação e manuseio de instrumentos musicais
ü  Utilização de materiais de mídia (cd e DVD)
ü  Oficinas
ü  Confecção de instrumentos musicais com sucata

Conteúdos atitudinais:
ü  Respeito ao próximo
ü  Respeito às diferenças
ü  Autoestima
ü  Conhecimento do próprio corpo
ü  Convivência social
ü  Expressão oral



Avaliação:
 Será realizada por meio de observação contínua do desempenho coletivo e individual, respeitando o ritmo e a maturidade de cada aluno, com um registro da evolução da turma e a construção de um gráfico.


Fechamento:
O fechamento do projeto se dará com a gravação de um clip musical para apresentação em mídia aos pais, juntamente com a exposição do gráfico.


Atividade: Trabalhando som e silêncio, com ajuda de instrumentos  feitos com sucata.